quinta-feira, 1 de março de 2012

Igreja dá salto no ranking da confiança


Igreja dá salto no ranking da confiança

Instituição passou de 7º para 2º lugar, diz levantamento da FGV; para pesquisadora, polêmica do aborto na campanha eleitoral impulsionou índice
Fausto Macedo, de O Estado de S.Paulo - 17 de novembro de 2010 | 20h 34
SÃO PAULO - A confiança da população nas instituições sofreu mudança importante no último trimestre. É o que revela pesquisa do Índice de Confiança na Justiça (ICJ Brasil), produzido pela Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas em São Paulo (Direito GV). Enquanto o Judiciário ficou em situação desconfortável, empatada com a polícia e à frente apenas do Congresso e dos partidos políticos, a Igreja saltou do 7.º lugar para a segunda posição.
Para Luciana Gross Cunha, professora da Direito GV e coordenadora do ICJ Brasil, a controvérsia sobre o aborto travada entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais pesou decisivamente para o aumento do índice de confiança na Igreja.
A questão foi levantada por d. Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo da Diocese de Guarulhos. Ele mandou produzir 1 milhão de cópias do "apelo a todos os brasileiros" com recomendação expressa para que não votassem em candidato ou partido que defendesse o aborto - referência direta à Dilma Rousseff e ao PT.
Os folhetos foram confiscados pela Polícia Federal, por ordem do Tribunal Superior Eleitoral que acolheu ação do PT, mas d. Luiz não se intimidou e insistiu em sua cruzada.
"A Igreja estava em um grau baixo de avaliação quando foi feita a apuração no segundo trimestre, muito perto da crise envolvendo a instituição com denúncias de pedofilia", observa Luciana. "A última fase da coleta coincidiu com a discussão sobre o aborto nas eleições presidenciais. Isso fez a diferença."
A professora destaca que o tema aborto não foi citado na consulta. "A gente pede resposta de forma espontânea para dizer se a instituição é confiável ou não. Mas é evidente que é esse (o ataque ao aborto) o motivo principal do aumento significativo da confiança na Igreja."
Nesse trimestre 54% dos entrevistados disseram que a Igreja é uma instituição confiável. No segundo trimestre 34% deram essa resposta. "A Igreja só perde para as Forças Armadas e ganha de longe do governo federal e, inclusive, das emissoras de TV que normalmente são instituições consideradas confiáveis pela população", assinala Luciana.
Já a confiança nos partidos políticos despencou de 21% para 8% no mesmo período de eleições, mantendo-se em última posição na escala. "Ao mesmo tempo em que a Igreja sobe, os partidos políticos têm uma queda enorme no nível de confiança", ressalta a coordenadora.
Apenas 33% disseram que o Judiciário é confiável. O Congresso ficou com 20%. As outras instituições obtiveram os seguintes resultados: Grandes Empresas (44%), governo federal (41%), emissoras de TV (44%) e imprensa escrita (41%).
O ICJ Brasil foi criado pela Direito GV para verificar o grau de confiança no Judiciário e como a população utiliza o poder para a reivindicação de direitos e busca por soluções. No Distrito Federal é maior a confiança no Judiciário, desbancando a liderança do Rio Grande do Sul que, desde o início da sondagem, em julho de 2009, ocupava o posto. Minas Gerais e Pernambuco são os Estados onde a população menos confia no Judiciário.
Prestígio
"A confiança no Judiciário cresce à medida que aumenta a renda e a escolaridade dos entrevistados", explica Luciana Gross. "É maior entre moradores do interior, se comparado entre moradores das capitais, e entre os homens se comparado com as mulheres. O ICJ Brasil também apurou que quem se declara negro, pardo ou indígena confia menos no Judiciário do que quem se declara branco ou amarelo."
Apesar do pouco prestígio com a população, a Justiça, de forma geral, está melhor hoje e tende a melhorar mais no futuro, segundo a investigação da GV Direito: para 47% dos entrevistados, o Judiciário melhorou nos últimos 5 anos e para 67% ele tende a melhorar nos próximos 5 anos. Quase metade dos entrevistados (41%) declarou que já entrou com algum processo na Justiça, por questões trabalhistas, assuntos relativos ao direito do consumidor e de família.

Confiança na Igreja Católica cresce 4% em um ano, segundo FGV

Confiança na Igreja Católica cresce 4% em um ano, segundo FGV

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) faz pesquisa e publica o índice de confiança dos brasileiros nas instituições. Em 2010, antes das eleições, no primeiro semestre, a Igreja Católica ocupava a sétima posição no ranking, com 34% de confiança.  


Em 01.07.2010, publicamos, sob o título Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, a recomendação aos diocesanos para que não votassem na candidata Dilma Rousseff, no PT e em todos os partidos e candidatos que tinham como proposta a descriminalização do aborto, que é um assassinato de uma pessoa inocente e indefesa.

Depois dos debates sobre o aborto e uma "agenda de valores" nas eleições, a Igreja saltou do sétimo lugar, com 34%, para o segundo lugar (AQUI), atingindo 54% de confiança.  Essa variação de  20% correspondeu a um acréscimo de 38 milhões de brasileiros que voltaram a ter confiança na Igreja Católica. 


A FGV publicou nova pesquisa recentemente, referente ao último trimestre de 2011, na qual ouviu 1.550 brasileiros, distribuídos por todos os estados. As Forças Armadas permaneceram em primeiro lugar, a Igreja Católica manteve o segundo e o Ministério Público subiu para terceiro lugar na confiança dos brasileiros.


Na comparação entre a pesquisa do final de 2010, quando a Igreja alcançou 54% de aprovação,  com a do final de 2011, quando atingiu 58%, observa-se um crescimento  de 4%, em um ano. Isso significa que, dos 190 milhões de brasileiros, mais 7,6 milhões passaram a considerar a Igreja Católica uma das instituições brasileiras mais confiáveis.


Ter 58% de confiança da população brasileira significa que 110,2 milhões de brasileiros consideram a Igreja Católica confiável. 


Estamos jubilosos, juntamente com todos os católicos e cristãos. Nosso lema episcopal é "É preciso que Jesus cresça", em latim Oportet Illum Crescere.  Precisamos que Ele cresça, para que a humanidade melhore.  E Jesus Cristo está crescendo! 

Dom Luiz Gonzaga Bergonzini
  Bispo Emérito de Guarulhos
        Jornalista MTb 123